terça-feira, 22 de setembro de 2009

Na casa dos afectos

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Primo Luís

Não posso deixar de te agradecer o dia 29 de Agosto de 2009, dia esse, que ficou gravado na minha memória e no meu coração.
Nessa nostálgica “viagem ao passado” em que recordei os familiares desaparecidos e conheci os que desconhecia, foi de extrema importância, talvez porque, na minha vida tenha sempre sentido a falta de uma família unida , ou seja, uma família de verdade.
No arquivo dos meus “poemas pendentes, escrevi assim um dia:

Na casa dos afectos
procurei, procurei
Mas não encontrei…
Perguntaram-me, o quê?
Respondi:
aquilo que sinto
e não se vê!

Contrariando este pequeno poema, nesse dia, encontrei e senti muito afecto e uma família que julguei perdida!

No livro sensibilizou-me “Aida jovem”. Conclui que o amor pela leitura e pelo conhecimento corre nas veias! Não herdei bens materiais, nem uma família saudável, mas, herdei outros valores…
Lamento que o meu pai não tenha estado presente. Tenho a certeza que teria morrido mais feliz.

Já agora recordo e em sua memória, que na minha infância nunca precisei de estudar história de Portugal. Sabes porquê? Porque na barraca onde vivíamos e a que chamávamos de casa, aos serões, à volta da lareira de carvão e à luz do candeeiro de petróleo, o meu pai lia, relia, contava e ensinava a História e muitas coisas mais… até a “PIDE” o vir buscar. Mesmo sendo um pai ausente, e cometendo os seus erros, como toda a gente, escondia um coração do tamanho do mundo e que eu tive a felicidade de descobrir
Mais uma vez, Obrigada pelo teu lindo gesto, “Unindo Gerações”

Tua prima

Maria Luísa Campos Teixeira

Mealhada, 14 de Setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

Um artigo do Praça Alta

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Assisti no “Canto com Alma”, no dia 29 de Agosto, pelas 18 horas a uma singela e bonita homenagem à D. Aida Pinto Teixeira, mãe do nosso conhecido e amigo Dr. Luís Queirós. Depois de um blogue criado em sua honra e onde muitos elementos da família e simples amigos puderam prestar-lhe justiça e homenagem, onde puderam mostrar afecto e admiração perante a sua forte personalidade, foi agora a vez de lhe ser prestado um público reconhecimento pelas qualidades demonstradas ao longo da sua vida, que, apesar de curta, nela evidenciou todo um conjunto de virtudes, de valores, que ainda hoje perduram na memória dos que com ela conviveram mais de perto.
Falou o seu filho António, que historiou o seu firme caminhar, criando condições para que os filhos pudessem ter uma qualidade de vida bem diferente daquela que era então corrente nas aldeias da nossa região. Fê-lo com determinação e jamais esqueceu de lhes transmitir princípios e regras, onde sempre ancorou os seus actos, as suas ideias, as suas resoluções.
Nos tempos que correm, assistir a um acto destes, é, antes de mais, verificar que ainda há gente que não perdeu o sentido das coisas, não perdeu o “norte”, sabe perfeitamente os caminhos que pisa, não tendo receio do futuro, pois não esqueceu as lições do passado, não se desligou da sabedoria do passado, e, quando assim é, o futuro encara-se com natural tranquilidade.
Não conheci a D. Aida, mas conheço-a pelas sementes que deixou, fazendo deste modo minhas, as palavras da D. Maria José, a dedicada directora da ASTA. Quem conhece o Dr. Luís Queirós, e eu vou dia a dia, à medida do convívio possível, tomando o “pulso” à sua personalidade, não pode esconder um apreço, uma empatia, um certo afecto por quem é diferente do habitual, por quem deseja ser quem é, não se esforçando por se meter no lugar comum do “politicamente correcto”, no qual poderia facilmente exibir o seu “poder material”, e aqui, nesta sua nobre atitude, “há dedo” da D. Aida, disso não duvido muito!
Não me causa embaraço algum, em apontar o amigo Luís Queirós, como um exemplo do “homem novo”, daquele que vai tentar fazer a diferença para melhor, daquele que vai trabalhar no sentido de colocar alguma ordem no caos actual, de recolocar tudo no seu sítio, de ir buscar os velhos princípios que o moldaram, evidenciando serem o “saber” e a “verdade” coisas bem antigas, já conhecidas de muita gente ao longo dos tempos.
Na minha opinião pessoal, o “homem novo”, uma velha ambição há muito pretendida, não é o homem que a comunicação social nos tenta impingir, bem como os hodiernos pensadores, não é o homem libertino, egoísta, amante das “fracturas sociais”, que a pós-modernidade nos deseja “meter pelos olhos dentro”. Não! O “homem novo” é aquele que consegue integrar a velha e imutável sabedoria nos tempos actuais, aceitando as novas tecnologias e, usufruindo delas, de uma forma inteligente e prudente.
Termino este pequeno apontamento escrito, prestando a minha homenagem à D. Aida e à sua capacidade de amar e educar.
Ao amigo Luís Queirós, os meus parabéns pela bela atitude, bem como a todos os que nela colaboraram. É com atitudes semelhantes, que cada um de nós cumpre a sua missão terrena.

Telmo Cunha, Director Praça Alta

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Agradecimento e convite

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Caro Dr. Luis Queirós

Agradeço em primeiro lugar a si e sua família pelo privilégio concedido à ASTA ao permitir-nos fazer parte e colaborar neste encontro de afectos e reconhecimento. Mais sementes foram lançadas no Canto com Alma e nas vontades de muitos dos presentes.
Peço-lhe o favor ( já que não possuo os contactos da maioria dos presentes), de transmitir a nossa gratidão e sensibilização a todos os que através da aquisição do livro ou além disso, fizeram donativos à ASTA.
Estes são os gestos que nos vão "regando" e impelindo a continuar na nossa caminhada.
BEM HAJAM TODOS!

Aproveito para anexar o convite para o nosso aniversário no próximo dia 3 de Outubro.

Em nome de todo o grupo da ASTA envio o melhor abraço

Maria José Dinis da Fonseca
ASTA