domingo, 20 de setembro de 2009

Um artigo do Praça Alta

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Assisti no “Canto com Alma”, no dia 29 de Agosto, pelas 18 horas a uma singela e bonita homenagem à D. Aida Pinto Teixeira, mãe do nosso conhecido e amigo Dr. Luís Queirós. Depois de um blogue criado em sua honra e onde muitos elementos da família e simples amigos puderam prestar-lhe justiça e homenagem, onde puderam mostrar afecto e admiração perante a sua forte personalidade, foi agora a vez de lhe ser prestado um público reconhecimento pelas qualidades demonstradas ao longo da sua vida, que, apesar de curta, nela evidenciou todo um conjunto de virtudes, de valores, que ainda hoje perduram na memória dos que com ela conviveram mais de perto.
Falou o seu filho António, que historiou o seu firme caminhar, criando condições para que os filhos pudessem ter uma qualidade de vida bem diferente daquela que era então corrente nas aldeias da nossa região. Fê-lo com determinação e jamais esqueceu de lhes transmitir princípios e regras, onde sempre ancorou os seus actos, as suas ideias, as suas resoluções.
Nos tempos que correm, assistir a um acto destes, é, antes de mais, verificar que ainda há gente que não perdeu o sentido das coisas, não perdeu o “norte”, sabe perfeitamente os caminhos que pisa, não tendo receio do futuro, pois não esqueceu as lições do passado, não se desligou da sabedoria do passado, e, quando assim é, o futuro encara-se com natural tranquilidade.
Não conheci a D. Aida, mas conheço-a pelas sementes que deixou, fazendo deste modo minhas, as palavras da D. Maria José, a dedicada directora da ASTA. Quem conhece o Dr. Luís Queirós, e eu vou dia a dia, à medida do convívio possível, tomando o “pulso” à sua personalidade, não pode esconder um apreço, uma empatia, um certo afecto por quem é diferente do habitual, por quem deseja ser quem é, não se esforçando por se meter no lugar comum do “politicamente correcto”, no qual poderia facilmente exibir o seu “poder material”, e aqui, nesta sua nobre atitude, “há dedo” da D. Aida, disso não duvido muito!
Não me causa embaraço algum, em apontar o amigo Luís Queirós, como um exemplo do “homem novo”, daquele que vai tentar fazer a diferença para melhor, daquele que vai trabalhar no sentido de colocar alguma ordem no caos actual, de recolocar tudo no seu sítio, de ir buscar os velhos princípios que o moldaram, evidenciando serem o “saber” e a “verdade” coisas bem antigas, já conhecidas de muita gente ao longo dos tempos.
Na minha opinião pessoal, o “homem novo”, uma velha ambição há muito pretendida, não é o homem que a comunicação social nos tenta impingir, bem como os hodiernos pensadores, não é o homem libertino, egoísta, amante das “fracturas sociais”, que a pós-modernidade nos deseja “meter pelos olhos dentro”. Não! O “homem novo” é aquele que consegue integrar a velha e imutável sabedoria nos tempos actuais, aceitando as novas tecnologias e, usufruindo delas, de uma forma inteligente e prudente.
Termino este pequeno apontamento escrito, prestando a minha homenagem à D. Aida e à sua capacidade de amar e educar.
Ao amigo Luís Queirós, os meus parabéns pela bela atitude, bem como a todos os que nela colaboraram. É com atitudes semelhantes, que cada um de nós cumpre a sua missão terrena.

Telmo Cunha, Director Praça Alta

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