
Falou o seu filho António, que historiou o seu firme caminhar, criando condições para que os filhos pudessem ter uma qualidade de vida bem diferente daquela que era então corrente nas aldeias da nossa região. Fê-lo com determinação e jamais esqueceu de lhes transmitir princípios e regras, onde sempre ancorou os seus actos, as suas ideias, as suas resoluções.
Nos tempos que correm, assistir a um acto destes, é, antes de mais, verificar que ainda há gente que não perdeu o sentido das coisas, não perdeu o “norte”, sabe perfeitamente os caminhos que pisa, não tendo receio do futuro, pois não esqueceu as lições do passado, não se desligou da sabedoria do passado, e, quando assim é, o futuro encara-se com natural tranquilidade.
Não conheci a D. Aida, mas conheço-a pelas sementes que deixou, fazendo deste modo minhas, as palavras da D. Maria José, a dedicada directora da ASTA. Quem conhece o Dr. Luís Queirós, e eu vou dia a dia, à medida do convívio possível, tomando o “pulso” à sua personalidade, não pode esconder um apreço, uma empatia, um certo afecto por quem é diferente do habitual, por quem deseja ser quem é, não se esforçando por se meter no lugar comum do “politicamente correcto”, no qual poderia facilmente exibir o seu “poder material”, e aqui, nesta sua nobre atitude, “há dedo” da D. Aida, disso não duvido muito!
Não me causa embaraço algum, em apontar o amigo Luís Queirós, como um exemplo do “homem novo”, daquele que vai tentar fazer a diferença para melhor, daquele que vai trabalhar no sentido de colocar alguma ordem no caos actual, de recolocar tudo no seu sítio, de ir buscar os velhos princípios que o moldaram, evidenciando serem o “saber” e a “verdade” coisas bem antigas, já conhecidas de muita gente ao longo dos tempos.
Na minha opinião pessoal, o “homem novo”, uma velha ambição há muito pretendida, não é o homem que a comunicação social nos tenta impingir, bem como os hodiernos pensadores, não é o homem libertino, egoísta, amante das “fracturas sociais”, que a pós-modernidade nos deseja “meter pelos olhos dentro”. Não! O “homem novo” é aquele que consegue integrar a velha e imutável sabedoria nos tempos actuais, aceitando as novas tecnologias e, usufruindo delas, de uma forma inteligente e prudente.
Termino este pequeno apontamento escrito, prestando a minha homenagem à D. Aida e à sua capacidade de amar e educar.
Ao amigo Luís Queirós, os meus parabéns pela bela atitude, bem como a todos os que nela colaboraram. É com atitudes semelhantes, que cada um de nós cumpre a sua missão terrena.
Telmo Cunha, Director Praça Alta
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