Primo Luís
Não posso deixar de te agradecer o dia 29 de Agosto de 2009, dia esse, que ficou gravado na minha memória e no meu coração.
Nessa nostálgica “viagem ao passado” em que recordei os familiares desaparecidos e conheci os que desconhecia, foi de extrema importância, talvez porque, na minha vida tenha sempre sentido a falta de uma família unida , ou seja, uma família de verdade.
No arquivo dos meus “poemas pendentes, escrevi assim um dia:
Na casa dos afectos
procurei, procurei
Mas não encontrei…
Perguntaram-me, o quê?
Respondi:
aquilo que sinto
e não se vê!
procurei, procurei
Mas não encontrei…
Perguntaram-me, o quê?
Respondi:
aquilo que sinto
e não se vê!
Contrariando este pequeno poema, nesse dia, encontrei e senti muito afecto e uma família que julguei perdida!
No livro sensibilizou-me “Aida jovem”. Conclui que o amor pela leitura e pelo conhecimento corre nas veias! Não herdei bens materiais, nem uma família saudável, mas, herdei outros valores…
Lamento que o meu pai não tenha estado presente. Tenho a certeza que teria morrido mais feliz.
Já agora recordo e em sua memória, que na minha infância nunca precisei de estudar história de Portugal. Sabes porquê? Porque na barraca onde vivíamos e a que chamávamos de casa, aos serões, à volta da lareira de carvão e à luz do candeeiro de petróleo, o meu pai lia, relia, contava e ensinava a História e muitas coisas mais… até a “PIDE” o vir buscar. Mesmo sendo um pai ausente, e cometendo os seus erros, como toda a gente, escondia um coração do tamanho do mundo e que eu tive a felicidade de descobrir
Mais uma vez, Obrigada pelo teu lindo gesto, “Unindo Gerações”
Tua prima
Maria Luísa Campos Teixeira
Mealhada, 14 de Setembro de 2009
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