Eu sou o bisneto mais novo da minha bisavó Aida e sou filho da sua primeira neta.
Como sou parecido com a minha mãe e ela é parecida com a sua avó Aida, até um adulto concluiria que sou parecido com a minha bisavó .
Tenho dois primos que também são bisnetos da minha bisavó, mas esses não são do Benfica. Pode ser que ainda melhorem.
Hoje faço 2 anos, mas quando me perguntam quantos anos faço, respondo: Tês !
Chamo-me Daniel, mas digo: Niel !
Ainda não sei dizer Bisavó, mas como já sei dizer Avó, é só acrescentar mais uma sílaba.
Quando digo qualquer coisa e o meu avô não entende, diz-me que pareço o Tchililomau. Não sei bem o que isso quer dizer, mas também não lhe pergunto, deve ser coisa de velhos.
Este ano estou a pensar ir pela primeira vez à terra do meu avô Armando, mas vou portar-me bem. Não vou fazer como ele, quando era pequeno, atirar pedras aos gatos e aos cães, ir aos ninhos e andar a correr atrás dos carros.
Não sei se encontrarei lá parceiros à minha altura para jogar ao rilha, à tchona e ao beti. À manta é que não vou jogar, porque isso é jogo de raparigas.
Também não vou andar à bulha com os outros garotos, só porque alguém me diz: Este aqui disse que não tem medo de ti.
Se alguém me convidar para ir às saboquecas, terei que arranjar quem me ajude a carregá-las porque ainda não tenho assim tanta força.
O que não vou deixar é de dar uma escorregadela na Lancha do Forte. E não preciso que os velhos me indiquem o sítio, porque ainda lá estão as marcas que eles deixaram.
Daniel
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