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Com este "post" inicia-se a colaboração do Armando no Blog. Seguem-se outros textos que ele dedica os netos e bisnetos de Maria Aida Pinto Teixeira e de José Luis Andrade Queirós. Neles transparece a finura, a argúcia e o sentido de humor a que o Armando nos habituou. Para ler e comentar
A Casa da Varanda
Até poderia ser o nome de um solar, eventualmente transformado em Turismo Rural. Mas não é.
Casa da Varanda é apenas a casa onde nascemos e vivemos os primeiros anos das nossas vidas. No meu caso, doze anos.
Subindo os degraus de pedra, entrava-se directamente numa sala pequena que em S. Pedro é chamada “meio da casa” pronunciando-se “meidacasa” tendo, no mesmo piso, mais uma cozinha e dois pequenos quartos.
No piso inferior, a nível da rua, havia uma loja que servia para tudo.
A primeira divisão era a barbearia do ti Zé Queirós. Para além disso tinha um poleiro para as galinhas, guardavam-se as batatas, as abóboras e outras colheitas, uma salgadeira, um celeiro para os cereais de colheita e para os recebidos, como avença anual, dos fregueses a quem semanalmente o nosso pai rapava os queixos.
Uma vez até serviu para sala de jantar do casamento da nossa vizinha Rosita.
Hoje, olhamos para aquela casa com uma certa nostalgia e fomos, naturalmente, apagando da memória o desconforto que lá vivemos, até porque nunca tínhamos experimentado nada melhor.
Mas para a nossa mãe que tinha passado por situações bem mais confortáveis, não foi concerteza nada fácil ter tido e criado quatro filhos na Casa da Varanda
Armando
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4 comentários:
Para quem não sabe, esta casa da varanda tinha apenas uma pequena janela ( aí de 30x30 cm). E a porta tinha um postigo.
A tal sala, o meio-da-casa, os quartos e cozinha cabia, tudo junto, em menos de 20 m2. Não havia água corrente, nem electricidade, nem casa de banho. Lá viviam seis pessoas. Felizes, digo eu.
Fiquei maravilhado com o blog! Parabéns ao Armando e também para ti que tão boa cola sabes pôr na tua família.
Obrigada Armando por me recordares as bonitas histórias do meu Pai.
O seu a seu dono
Cara prima Aida
Não é a mim que tens que agradecer.
As histórias do teu pai foram postas pelo Luis.
Eu não teria imaginação para lhe dar tanto colorido.
Continua a enviar comentários.Fica aqui bem a opinião de gente mais nova.
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