Desde garotos que nos fomos habituando a ouvir falar dos tios do Porto: O tio Luís Borges que quase não conhecemos, a tia Bina de quem existia uma fotografia vestida de enfermeira, o tio Elias, a tia Luísa e o tio Manuel. Eram bastante mais novos que a minha mãe. O tio Manuel nasceu em 1932, já Aida tinha 2o anos, poderia ter sido seu filho.
Laura e António Borges saíram de S. Pedro para Rebordãos por volta do ano de 1938, foi o ano em que Aida casou. Terá o casamento de Aida alguma coisa a ver com esta decisão? O certo é que a venderam tudo o que tinham em S.Pedro. O padrinho Norberto comprou a vinha da Nave.
Sei que Aida passados alguns anos ainda foi visitar a família a Rebordãos junto com Lucília; fez mais tarde duas outras viagens ao Porto, uma vez quando José estava em África, por volta de 1950, e voltou outra vez em 1959 , um ano antes da morte da mãe. Foram, pois, num período de 22 anos, três as vezes que voltou a ver mãe Laura depois de ela ter saído de S. Pedro.
Mas o contacto manteve-se sempre e ela muitas vezes nos falava da avó Laura e dos irmãos. O António e o Armando estiveram de garotos no Porto, têm seguramente muitas histórias para contar. Eu próprio a acompanhei na viagem de 1950, tinha 5 anos, embarcámos em Barca de Alva, seguimos pela linha do Douro. A casa do Porto ficava no Muro dos Bacalhoeiros, mesmo em frente ao rio, sobre o cais. Imagens de barcos, de guindastes, ficaram para sempre gravadas na minha memória.
Em 1963 eu voltei ao Porto e aí passei um ano na Faculdade de Ciências. Estava hospedado numa residência na Rua do Rosário mas ia frequentemente almoçar a casa da tia Luísa e do tio Mesquita, dos tios Elias e Fátima , da tia Bina e tio Anibal. Conheci novos primos, o Armando Luís, a Laurinha, a Gena, o Zé e o Américo.
Estes tios do Porto trataram-me sempre muito bem, tenho muitas e boas recordações desse tempo, parece-me que a simpatia destes tios para comigo, era também uma maneira de exprimir a gratidão para com a irmã Aida.
Nas duas fotos o casamento da tia Luisa, em cima, e da tia Bina, em baixo
Luís
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