sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Tio Luis

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Não podia o tio Luís deixar de figurar no grupo de pessoas que emolduraram a vida de Aida. Antes de partir para África, em 1948, uns meses antes do nosso pai, Luís frequentava com assiduidade a casa de Aida e brincava com os seus filhos de tenra idade. E já ia augurando um destino promissor para eles. Nasceu uma grande admiração pela cunhada Aida, certamente fruto de uma identificação intelectual e do reconhecimento da sua cultura e inteligência.

Já escrevi sobre as qualidades do Tio Luís, uma capacidade inata de resolver problemas técnicos, uma inteligência geométrica superior, uma sensibilidade única para as questões sociais, um sentido inato de justiça. Utilizava as ferramentas com uma destreza excepcional, mas também com a delicadeza dos grandes artistas. Era amigo da família até ao limite, justamente orgulhoso dos filhos e netos que teve. E, tenho a certeza, orgulhoso também dos sobrinhos.

Casou com uma mulher única, a tia mais maravilhosa que existe à face da terra. Aida foi a Madrinha deste casamento, estou seguro que ficou encantada com a missão. Terá sido o irmão mais velho 10 anos, José Queirós, que um dia, quando Alice passava, trigueira e moça, diz para Luís: “Ali vai a menina que te convém”. E o certo é que haveriam de casar e construir juntos uma família feliz.

Luís

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