Quando ofereci as três casas do “Canto com Alma” à ASTA eu pedi à sua presidente, a Dra. Maria José, que gostaria que as casas fossem baptizadas com nomes de mulheres de S. Pedro, e ela acedeu de imediato. Os nomes escolhidos para as casas foram os seguintes:
Aida

Era conselheira, confidente, amiga, sempre preferiu a paz ao conflito. Ainda hoje as pessoas mais idosas da aldeia que se lembram dela a recordam como uma mulher superior na bondade e na inteligência.
Na Guarda, na casa de hóspedes, era a alma do negócio; as pessoas vinham comer a sopa que ela fazia como ninguém. Ali reencontrou no comércio a sua paixão de menina, iniciada na mercearia do Meio-do-Povo em S. Pedro. Sentia-se feliz no meio das pessoas, ouvia, conversava, aconselhava.
Lucília

Ana


Nome de Mulher. São duas as Anas que dão o nome a uma das casas: a minha tia Ana Lourenço e Ana Rodrigues. Ana Lourenço, minha tia, que recordo sempre muito devota, e que eu respeitava e admirava na sua simplicidade e frugalidade. A ti Ana Rodrigues que parecia ser mãe de toda a gente, que eu duvido seria incapaz de comer um bocado de pão ao lado de uma criança com fome, e que transmitiu aos filhos e filhas a sua generosidade infinita.
Mas este nome Ana simboliza também a homenagem à mulher anónima de S. Pedro ou à mulher da beira interior rural. Eu sei que essa mulher forte mas submissa, que aceitava ficar atrás do seu “homem”, já não existe. Mas foi essa mulher que fez dos filhos os homens que eu ainda admiro, trabalhadores, sérios até à medula, e das filhas exemplos de dedicação, de coragem e de espírito de sacrifício.
Luís
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